9 de agosto de 2011

Um verdadeiro cidadão, também, é formado na escola.

Um verdadeiro cidadão não é aquele que torce pelo seu país nas Copas do Mundo de futebol e que a cada quatro anos aperta dois dígitos em uma urna eletrônica achando que isto não afetará em nada o futuro do país, um verdadeiro cidadão deveria exercer seu poder de influência durante todos os segundos de sua vida, batalhar por seus direitos e ser patriota no melhor sentido não nacionalista da palavra. E, infelizmente, essa situação não é frequente na sociedade em que vivemos, mas não devemos por toda a culpa em cima do governo ou das pessoas, já que muitas vezes estes não tiveram nenhum tipo de ensinamento sobre o que é certo e errado de se fazer na sociedade e acabam se tornando uma espécie de ignorantes-passivos, no sentido de serem ignorantes, mas sem culpa disto.

Devemos lembrar que a maioria da sociedade ativa (aquela que vota e paga impostos) já é um caso perdido quando falamos de cidadania e ética, pois estes tem coisas mais importantes a se fazer, como colocar comida na mesa dos filhos e já estão com sua personalidade formada e é ai que entra o papel da escola, a grande formadora de opiniões, em ensinar coisas sobre cidadania e ética.


A escola, querendo ou não, é o lugar onde as crianças passam pelo menos um terço de sua vida e tem um papel fundamental na formação da personalidade e justamente por causa disto que temas como cidadania, ética, política, economia, o papel do esporte em nossa sociedade, entre outros deveriam ser matérias obrigatórias em qualquer grade curricular de escola pública ou privada, já que estes são assuntos tão importantes quanto matemática ou o estudo do corpo humano.


Lógico que não deveríamos priorizar o ensino destas matérias, pelo menos não por enquanto, já que isto exigiria uma completa mudança no sistema educacional e crítico do país, assim métodos de avaliação de vestibulares e concursos públicos deveriam ser revistos e opiniões do tipo “essa escola dá liberdade demais a seus alunos” não poderiam ser consideradas normais, mas isso é um caminho mais longo para ser percorrido. Por enquanto, o ensino destas matérias fundamentais a qualquer pessoa já seria um grande passo a formação de novos verdadeiros cidadãos participativos ativamente em nossa sociedade.